Mudanças nas regras de Compliance da área médica pautam reunião do Conselho Ética Saúde

O tema principal da reunião do Conselho Consultivo do Instituto Ética Saúde, realizada na sede da entidade, em 13 de setembro, foi a mudança no Compliance no tocante patrocínio educacional dos médicos em eventos científicos.

As mudanças estão previstas para ocorrerem a partir de janeiro de 2018.

Estavam presentes representantes das entidades que integram o Conselho – Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista – SBHCI, Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular – SBCCV, Sociedade Brasileira de Cardiologia – SBC e Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia – SBOT. Também participaram outros integrantes do Conselho: a Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde – ABIIS; a Associação Brasileira de Importadores e Distribuidores de Produtos para Saúde – ABRAIDI; a Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios – ABIMO; e o Instituto Ethos.

“Seria importante a realização de um Fórum onde estivessem presentes a classe médica e a indústria”, sugeriu o presidente da SBOT, João Maurício Barretto. A gerente geral da SBCCV, Meryt Zanini, demonstrou sua preocupação sobre quais serão os próximos passos, em relação ao apoio da indústria à educação continuada dos profissionais médicos.

Ficou definido que no dia 18 de outubro será realizada uma reunião extraordinária entre as entidades médicas e o Instituto Ética Saúde para dar continuidade à pauta. “Das quase 600 denúncias do Canal de Denúncias do IES, mais de 1/3 refere-se a ‘concessão de incentivos pessoais e/ou comissões para indicação de prescrição de produtos ou uso de materiais’”, enfatizou o presidente o Conselho de Administração do Instituto Ética Saúde, Gláucio Pegurin Libório.

Para o diretor de Qualidade Assistencial da SBC, Walter Gomes, “é fundamental levar o tema Compliance e Ética Médica para dentro dos cursos de Medicina, urgentemente. Eles já têm que sair da faculdade com a mentalidade diferente”. Segundo ele, é comum a prática antiética entre residentes. O presidente da ABRAIDI, Sérgio Rocha encerrou esta parte da reunião reforçando que “o pagamento para médico não tem que haver e é inegociável. O restante é informação e transparência. Todos nós sabemos o que pode e o que não pode. O erro está dos dois lados, as arestas precisam ser aparadas dos dois lados”, finalizou.

Fonte: Instituto Ética Saúde

Esta entrada foi publicada em Notícias. Adicione o link permanente aos seus favoritos.